Atualmente inexiste evidências de estudos controlados e randomizados informando que equipamentos de proteção ocular evita a transmissão do COVID-19. Evidências indiretas sugerem que os profissionais de saúde podem ser expostos a gotículas e aerossóis infecciosos durante o cuidado ao paciente. Neste contexto, é importante aferir o risco de contágio no cuidado do paciente para tomar as devidas precauções.
Greenhalgh e Chan, em revisão bibliográfica para a Centro de Medicina Baseada em Evidências da Universidade de Oxford, relatam que a maioria das pesquisas sobre a eficácia dos equipamentos de proteção ocular para riscos biológicos foram realizados com a influenza ou outras infecções respiratórias em hospitais. Assim, não existem ensaios clínicos publicados com equipamentos de proteção ocular relacionados ao SARS-CoV-2 ou ensaios comunitários em unidades de atenção primária.
Portanto, as atuais orientações são baseadas em evidências indiretas de outras doenças infecciosas respiratórias, opiniões, costumes e práticas de especialistas.
Greenhalgh e Chan ainda escrevem na revisão bibliográfica:
Enquanto os olhos dos pacientes raramente são sintomáticos no COVID-19 e as secreções conjuntivais raramente são positivas para o vírus, as membranas mucosas do profissional de saúde (incluindo os olhos) podem ser expostas a gotículas respiratórias do paciente.
Por esse motivo, o equipamento de proteção ocular deve ser usado para atendimento primário e comunitário ao avaliar pacientes com possível infecção por SARS-CoV-2. A proteção ocular é mais eficaz quando usada em combinação com outras medidas de EPI nessa situação e para proteção contra qualquer respingo de sangue ou outro fluido corporal que possa ocorrer com os procedimentos.
Leia o artigo pelo link:
https://www.cebm.net/covid-19/what-is-the-efficacy-of-eye-protection-equipment-compared-to-no-eye-protection-equipment-in-preventing-transmission-of-covid-19-type-respiratory-illnesses-in-primary-and-community-care/
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